quarta-feira, 5 de abril de 2017

THEATRO DA PAZ

O mais famoso teatro da cidade foi fundado em 15 de fevereiro de 1878 com o nome de Theatro Nossa Senhora da Paz em meio ao progresso do Ciclo da Borracha. Apesar do progresso, Belém não possuía um teatro à altura do momento de grande desenvolvimento econômico da região e da Cidade que era conhecida como a Paris Amazônica.

Fachada em estilo neoclássico

Por apresentar peças com conteúdo profano, a Igreja Católica pediu a retirada do "Nossa Senhora" do nome do Teatro. Suas características impressionam: materiais nobres na decoração (lustres de cristal; ornamentos revestidos com folhas de ouro e inúmeras obras de arte) e acústica perfeita. Materiais nobres importados da Europa também compõem o Hall de Entrada, onde estão os bustos dos escritores brasileiros José de Alencar e Gonçalves Dias.


Hall de entrada

O Salão de espetáculos que tem bastante história é composto de 900 lugares atualmente. A pintura que decora o teto central faz alusão aos deuses da mitologia greco-romana sendo conduzidos à Amazônia.


A mitologia greco-romana ilustrada no teto central da sala de espetáculos.


Localização:       

Rua da Paz S/N - Centro - Praça da República.

​Visitação:
De terça a sexta das 09h às 17h (exceto das 13h às 14h).
obs.: Às quartas-feiras a visitação é gratuita aos paraenses.
09h às 12h - Sábados 
09h às 11h - Domingos
Taxa de Visitação: Seis Reais com meia-entrada para estudantes.




Fonte: Theatro da Paz.

MUSEU DA UFPA (MUFPA)

O museu da Universidade Federal do Pará foi criado na década de 80 para identificar, difundir, preservar e valorizar a produção artística regional e nacional. O prédio escolhido para sediá-lo teve como primeiro ocupante o governador Augusto Montenegro, de quem adquiriu o nome pelo qual se tornou conhecido: Palacete Montenegro.


O projeto do prédio foi inspirado no renascimento italiano, os materiais trazidos da Itália foram usados nas grades, em elementos decorativos e luminárias externas; as paredes foram decoradas em diversos motivos, na parte superior mais simples, listas ou florais, na sala de visitas flores e pavões em dourado e vermelho. Os pisos em madeiras regionais.

A residência foi comprada pela Universidade Federal do Pará nos anos 60 para ser a sede da Reitoria. Foi então reformada e, sendo o período da ditadura militar, foi despojado da maioria dos detalhes decorativos considerados inadequados a um prédio de uso oficial. Em 82 a Reitoria deslocou-se para o Campus e o prédio foi destinado ao Museu da UFPA criado em 1983 e instalado em 1985.

O prédio e a instituição chegaram aos anos 2000 em péssimo estado de conservação e não tendo condições mínimas de funcionamento.
      
Durante um longo período entre os anos 90 e início dos anos 2000 o palacete sofreu inúmeras perdas em sua arquitetura por falta de recursos financeiros. Em 2003 o palacete Augusto Montenegro foi tombado pelo Governo do Estado do Pará enquanto Patrimônio Histórico.


Localização: Av. Governador José Malcher, 1192, Nazaré - Belém/PA.
A entrada é feita pela Av. Generalíssimo Deodoro.

Visitação MUFPA: De terça a sexta das 09h às 17h. Sáb e Dom das 10h às 14h.



Outros Serviços do MUFPA: Biblioteca e Feirinha.




BIBLIOTECA DO MUFPA



A biblioteca do museu coloca à disposição do público coleções de livros, periódicos, partituras, recortes de jornais e materiais especiais, como discos, fitas, fotografias, em grande parte, produzidos ou versando sobre a Amazônia. É referência em Belém como fonte de pesquisa sobre Folclore, Música, Cultura afro-brasileira, História, Teatro e Literatura. 


Funcionamento da Biblioteca: De segunda a sexta das 09h às 15h.






FEIRINHA DO MUFPA





A feirinha surgiu com o objetivo de atrair mais visitantes para as exposições do Museu e movimentar o belo jardim do Palacete Augusto Montenegro, trazendo artesãos e chefes de cozinhas da capital paraense para mostrar o seu trabalho. A iniciativa foi um sucesso e virou uma tradição, uma verdadeira atração cultural de Belém, atraindo um público cativo. Nos jardins do museu, o público pode conferir o melhor do artesanato, esculturas, telas, antiguidades, moda autoral e gastronomia.

InformaçõesA Feirinha acontece uma vez por mês, sempre aos domingos, nos jardins do MUFPA. 
Contato: (91) 3224-0871.




Fonte: Museu e Portal da UFPA.


           

MUSEU HISTÓRICO DO ESTADO DO PARÁ


Fonte: Claudio Santos/Agência Pará

O Prédio Inaugurado em 1771 foi projetado pelo arquiteto bolonhês Antonio Landi, para servir de sede e moradia aos governadores e capitães generais do Pará.


O Museu do Estado do Pará foi criado em 18 de março de 1981, só iniciou suas atividades em 1986, abrigado no prédio do Centro Cultural Tancredo Neves. Em 1987, o Museu ocupou o Palacete Bolonha e, no ano de 1994, foi transferido para o Palácio do Governo, ou Palácio “Lauro Sodré”, ano em que foi transferida da edificação a sede administrativa. O Palácio, que possuí traços do estilo neoclássico, no século XVIII, foi projetado pelo arquiteto bolonhês Antonio Landi, para servir de sede e moradia dos governadores e capitães generais do Pará.


Fonte: Carlos Sodré/ Agência Pará

Fonte: Cristiano Martins/ Agência Pará


Atualmente, o Museu dispõe de um diversificado acervo, composto de pinturas, mobiliário, acessórios, fotografias, entre outros bens, que incluem o próprio edifício, como testemunhos de diferentes contextos, permitindo diversificadas leituras. Os objetos que compõem as coleções do Museu do Estado do Pará configuram-se como testemunho de significativos momentos históricos e de processos sociais que fazem parte da história do Estado. A cultura material exposta e em reserva técnica remonta os idos do século XVIII, trazendo contextos econômicos, políticos, artísticos, entre outros, presentificados através da mesma. Objetos expostos são documentos, pois informam sobre determinados acontecimentos e fatos; são testemunhos, na medida em que sobreviveram a quem os produziu e chegam até a contemporaneidade na condição de expressão do passado, de períodos que remetem à colônia, império e república.

Fonte: Cristiano Martins/Agência Pará


Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. Cidade Velha

Telefone: (91) 4009-9833

Funcionamento: 
Terça a sexta-feira, das 10h às 18h. 
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 13h.

Taxa: R$ 4, com meia-entrada para estudante, gratuidade para idosos e crianças até 7 anos. 
Às terças-feiras a visitação é gratuita a todos. 

Os agendamentos para visitas monitoras devem ser feitos para o telefone: (91) 4009-8845

Sem vaga própria de estacionamento.




BASÍLICA DE NAZARÉ


Fonte: Sidney Oliveira/ Ag.Pará


A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré começou a ser erguida em 1909 no mesmo lugar em que foi achada a imagem de Nossa Senhora de Nazaré por Plácido José de Souza. 
História da Basílica

Para o povo cristão, se os locais consagrados a Deus como as igrejas e capelas já apresentam-se como especiais, mais ainda são os que trazem a característica de terem sido escolhidos por Deus para a realização de acontecimentos importantes, como os locais sagrados da Terra Santa, de aparições de Nossa Senhora ou de manifestações prodigiosas, como é o caso do achado da imagem de Nossa Senhora de Nazaré em Belém do Pará.

O Milagre do Retorno

O chamado “milagre do retorno” da imagem de Nossa Senhora de Nazaré ao local onde havia sido encontrada por Plácido José de Souza em 1700, à margem do igarapé Murutucu, que é parte da origem histórica do Círio de Nazaré em Belém, coloca o local em um patamar importante que exige especial consagração.

Para ressaltar esta especial característica e primordialmente para exaltar a importância da figura de Maria, pensou-se em elaborar um templo à altura dessa estima, que mesmo apresentando esplendorosa beleza material, é apenas o mínimo diante do amor do povo paraense à sua padroeira.


Fonte: Sidney Oliveira/ Ag.Pará

Desde o início da divulgação do milagre a devoção fora crescendo, demonstrado pelo grande número de peregrinos que visitavam as ermidas construídas ao logo do tempo para abrigar a pequena imagem. A devoção aumentou mais ainda desde a realização do primeiro Círio, em 1793, e verificou-se posteriormente a necessidade da criação de uma paróquia, fundada em 1861. Ainda em 1825 havia sido iniciada a construção de uma nova matriz, em substituição à terceira ermida. A construção foi concluída em 1881.

Em 1908, Padre Luiz Zoia, visitador dos Barnabitas no Brasil chegou ao Pará, sugerindo a construção de uma nova matriz, cuja beleza e imponência fizesse jus à Rainha da Amazônia e à grandiosidade da devoção a ela dedicada. A pedra fundamental foi colocada em 24 de outubro do ano seguinte, com aprovação do então Arcebispo, Dom Santino Coutinho. Na mesma data era lançado o hino “Vós sois o lírio mimoso”, composição do poeta maranhense Euclides Farias.

A Basílica de Nazaré, terceira a receber este título no Brasil e primeira na região Norte, trata-se de uma réplica em menor escala da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma, medindo 20m de altura, 62 metros de cumprimento e 24 metros de largura, exatamente a metade das medições daquela. De estilo neoclássico e eclético, foi projetada pelos arquitetos genoveses Gino Coppedé e Giuseppe Predasso.


Fonte: Arlinda Maria


Fonte: Sidney Oliveira/ Ag.Pará


Fazendo parte dos elementos que compõem o Círio, a Basílica integra o conjunto da declaração como Patrimônio Cultural da Humanidade pela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ocorrida em 2013.

Em 31 de maio de 2006 foi elevada à categoria de Santuário Mariano da Arquidiocese, passando a denominar-se Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, incluída entre sete templos nesta categoria no Brasil.



Endereço: Av.Nazaré, 1300 – Bairro: Nazaré

Telefone: (91) 4009-8400

Horário de funcionamento:
Segunda a Sexta-feira, 07h às 19h
Sábado, 07h às 19h
Domingo, 06h às 21h

Ingresso: Entrada Franca

http://basilicadenazare.com.br/portal/

http://nazare10.com.br/

MUSEU DE ARTE DE BELÉM


 Fonte: TripAdvisor

O Museu de Arte de Belém-MABE encontra-se dentro do Palácio Antonio Lemos - Sede da Prefeitura Municipal de Belém - PMB. Ele foi instituído a partir de 1991 como um Departamento da Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), que por sua vez pertence à Prefeitura Municipal de Belém. 

Em 1994, com a reinauguração do Palácio Antônio Lemos, passou a acolher as coleções oriundas respectivamente, da Pinacoteca Municipal e Museu da Cidade de Belém (MUBEL), do qual é originário. 


 Fonte: TripAdvisor

O Museu reúne um conjunto significativo de obras de artistas locais, nacionais e estrangeiros, que referem o período áureo da borracha na cidade e um acervo contemporâneo em expansão. O acervo possui também peças do mobiliário brasileiro do séculos XIX e início do XX, fotografias, cerâmica, objetos de interior e esculturas. As salas para exposições homenageiam artistas, que possuem obras no acervo ou são de reconhecido valor no cenário das artes; um auditório para solenidade e uma biblioteca especializada em artes. 

Reconhecidamente um dos maiores símbolos do período da “Belle Époque”, o Palácio Antônio Lemos é uma das construções públicas municipais mais relevantes, documentando a história da cidade e representando a memória dos seus cidadãos, além de abrigar a sede do Poder Público Municipal e o Museu de Arte de Belém – Mabe, responsável pela guarda de um dos acervos mais importantes sobre a História da Cidade de Belém, pois possui, entre outras obras, as remanescentes da Época da Borracha (1860-1920). Este acervo é constituído de pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, mobiliário de época e objetos de interiores.

Pátio Interno
 Fonte: TripAdvisor


As reformulações executadas por Antônio Lemos transformaram o prédio, acrescentando revestimentos, móveis e objetos que procuraram aliar qualidade a uma atualização com a moda europeia, sendo os revestimentos de pisos e paredes de cores vivas e tons fortes, apresentando placas metálicas prensadas com motivos decorativos salientados por pintura artesanal. Todos os salões são ornamentados com objetos de arte, encomendados na maioria para o palácio, transformando o ambiente e seu acervo num dos maiores desta época na cidade. O Mabe conta também com duas exposições de curto período: “Antônio Lemos: a ressignificação do mito” e “o Egito sob olhar de Napoleão no Pará”. Há previsão de uma próxima exposição em meados de setembro, a “Bienal de Arte” que contará com obras de artistas paraenses.



O Museu de Arte de Belém (Mabe), funciona de terça-feira a sexta-feira, de 10h às 18h e sábado, domingo e feriados, de 9h às 13h com entrada franca.

Endereço: Praça D. Pedro II, s/n - Cidade Velha, Belém

Telefone: (91) 3114-1026


Museu de Arte De Belém

terça-feira, 4 de abril de 2017

CASA PARIS N'AMÉRICA

O prédio localizado no centro comercial de Belém
Fonte: Fragmentos de Belém
           
Talvez até mesmo os belenenses que transitam de segunda a sábado pela rua de paralelepípedo da Travessa Santo Antônio já quase na Rua João Alfredo, não saibam, ou não atentem para a suntuosidade e a importância histórica do "Paris n'América", um dos edifícios mais importantes da Belle Époque amazônica. O período de riqueza e prosperidade vivida com o Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e o começo do século XX, fizeram de Belém e Manaus um pedacinho da Europa na quente e úmida região equatorial do Brasil.
O interior do prédio, requinte inspirado na Art Noveau
Fonte: Fragmentos de Belém
O edifício foi inaugurado no começo do século passado para revender a moda parisiense em Belém (roupas, perfumes, maquilagens) que as damas da alta sociedade paraense de então procuravam copiar. O Paris n'América é constituído de três andares tendo sido inspirado no Galeries Lafayette, de Paris, e seu ponto mais admirado é a famosa escadaria com uma estátua feminina segurando lustres antigos e centenários. Hoje o local abriga uma loja de tecidos e está aberto à visitação pública de segunda a sábado em horário comercial.
Vista interna do alto do prédio: hoje uma loja de tecidos
Fonte: Fragmentos de Belém
 

PALACETE PINHO: MAIS UMA HERANÇA DO CICLO ÁUREO DA BORRACHA EM BELÉM

O Palacete Pinho: vista frontal
Fonte: Diário Online 
O esplendor do ciclo econômico da borracha fez de Belém (e Manaus) uma das cidades mais prósperas e desenvolvidas do Brasil, entre o fim do século XIX e o início do XX. O Palacete Pinho é outro vestígio dessa pompa que fez a capital do Pará um nicho de construções requintadas que simbolizavam a riqueza e o glamour.
O Comendador Antonio José de Pinho foi o responsável por sua construção e a partir de 1897 fez dele a sua residência junto com sua família. Sua planta é em "U", sendo o pátio aberto na frente, uma proposta barroca, é limitado por uma grade como nos similares portugueses. A linguagem dos vãos, que no primeiro pavimento são em arco pleno e no segundo vergas retas, encimadas por frontões triangulares e curvilíneos, se harmonizam com o revestimento de azulejos e com os lambrequins da parte mais elevada do prédio (a camarinha). 
O requinte do Pinho está em todo lugar: no teto, no piso, nos lustres e móveis. Vale a pena visitar!
Fonte: Flickr
 
Mais um flagrante do mobiliário do Pinho
Fonte: Blog José Vasconcelos Paiva
Endereço: R. Dr. Assis - Cidade Velha, Belém - PA, 66020-000